[ Projecto de adaptação a bilíngue _ REVISTA EGOÍSTA ]



Quando em 2017, me foi lançado o desafio para o desenvolvimento do projecto de adaptação da Egoísta a publicação bilíngue, a revista tinha já alcançado um patamar de reconhecimento, e uma lista de prémios que exigiam uma enorme responsabilidade ao designer encarregue de uma tão profunda alteração.
Por outro lado, haviam já passado 17 anos sobre a definição do projecto original e esta mudança representava, simultaneamente, uma oportunidade para renovar a sua relação formal com os leitores.

Antes do início da fase de desenvolvimento formal do projecto, houve decisões a tomar relativamente ao papel a desempenhar pelo texto em inglês e ao seu protagonismo no alinhamento de conteúdos.
Uma das opções em cima da mesa era a relegação da tradução de todos os textos para um caderno final na revista, dissociando o texto em inglês das imagens presentes nos artigos. Outra das opções consistiría no emparelhamento das duas línguas, desenvolvendo-se ambas com distribuição ao longo do artigo. 

Uma outra questão fulcral a considerar era o facto de, por vezes, o tratamento de algumas tipologias de texto (principalmente os títulos), assumir um carácter ilustrativo, e apresentar uma interpretação conceptual do artigo, com materialização dessa interpretação na forma tipográfica adoptada. Nessas tipologias, iria o tratamento tipográfico do texto em inglês duplicar o tratamento do português? Por vezes, o tratamento resultante dessa interpretação só fazia sentido no português, devido a particularidades linguísticas impossíveis de traduzir. Esse facto esvaziava a possibilidade de duplicação no inglês, da interpretação formal feita no tratamento do português.

Após a assunção de conclusões relativamente a esta primeira fase, outro tipo de questões se colocavam.

Iria o texto em inglês assumir o tão particular tipo de letra presente na Egoísta, mudando por exemplo apenas a cor, ou passando de regular a itálico? Ou iria, pelo contrário, o novo texto ser tratado num tipo de letra diferente?
Considerando esta última hipótese, quais as características a definir para esta nova fonte, tendo em conta o seu emparelhamento com a monospace pré-existente, cuja gestão de espaço entre caracteres era tão particular e originária de uma mancha tão marcante e distintiva?
A edição nr.61, com o tema "Televisão" apresentou o novo projecto aos leitores.













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Projecto de adaptação a Bilíngue _ Revista Egoísta

REVISTA EGOÍSTA _ nr. 61
Design e Layout da edição

Edição :: Estoril Sol S.A.
Director :: Mário Assis Ferreira
Editora :: Patrícia Reis
Direcção de Arte :: Henrique Cayatte
Produção :: Sara Fortes da Cunha
Impressão :: Norpint, Artes Gráficas
Trabalho realizado no âmbito da colaboração com o Atelier 004 / 004 F*@#ing Ideas

 * P R É M I O S  * 


2018 


— Prémios Papies - Grande Prémio - Revista - Egoísta Televisão 


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